Acredito que o intuito do Janeiro Branco não é “apenas” conscientizar a população sobre a importância da saúde mental, mas também reduzir o estigma associado a questões psicológicas, promover a prevenção do adoecimento emocional e incentivar o cuidado com a saúde mental. Infelizmente, por mais informações que temos em nossas mãos, as questões relacionadas à saúde mental são tratadas de maneira superficial, desconsideradas ou minimizadas. Isso tem acontecido de diversas formas, como por meio de estereótipos, falta de compreensão, negação da gravidade dos problemas mentais, entre outros.
A banalização pode levar a consequências negativas, incluindo o adiamento do tratamento adequado, o aumento do estigma e a falta de apoio para aqueles que enfrentam desafios emocionais. Para combater essa banalização, precisamos continuar promovendo a conscientização, a educação e a compreensão, chamando a atenção para a importância do tema SAÚDE MENTAL, trazendo conhecimento, incentivando ações que promovam o cuidado emocional e a busca por ajuda profissional quando necessário, sem ter que se esconder por medo de ser rotulado.
É crucial que a sociedade esteja atenta à seriedade das questões de saúde mental e que se esforce para criar um ambiente de apoio e compreensão. No entanto, ao mesmo tempo em que vemos uma sociedade que busca essa libertação dos estigmas, vemos uma sociedade sentada com o seu “diploma do Google” apontando e diagnosticando a todos que atravessam seu caminho por qualquer comportamento que tenham. O palco é a TV, internet, ambiente de trabalho, escolar, ou seja, seja qual for “eu sei o que o outro tem porque agora sou conhecedora do saber”. São milhares de pessoas formadas em psicologia e psiquiatria dando laudos e aprisionando o outro com suas palavras sem sentido.
Novamente, o que era para libertar nos aprisiona.
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