ARTIGO – “As vezes, não basta estar no mesmo barco.”

🛶”As vezes, não basta estar no mesmo barco.” É necessário ter uma direção comum e remar juntos.

Quando um casal chega na terapia os dois querem falar, mas nenhum deles quer ouvir. Cada um sabe o seu próprio desejo e os seus planos para alcançá-lo, mas dificilmente perguntou sobre o desejo do outro e aonde ele quer chegar. Os dois estão no mesmo barco, mas estão remando para lados opostos e qual será o resultado? O barco não sairá do lugar e os dois ficarão cada vez mais cansados, com a sensação de que estão fazendo muito e de que nada acontece (que de fato é verdade), mas o perigo nisso tudo é o barco acabar afundando.

Quando o casal não alinha a rota da viagem duas coisas podem acontecer: ou eles ficarão no mesmo lugar ou travarão uma disputa pela roda do leme. Exaustos, ambos param os movimentos que faziam e acabam desistindo e por fim o barco afunda.

É importante o casal, além de conhecer os sonhos individuais, conhecer os sonhos comuns. Parar, conversar e recalcular a rota. Colocar energia na mesma direção para que o barco chegue à algum lugar e continue o seu movimento.

Trabalhar com casais é uma das opções que podemos atuar como analistas após a formação. Facilitando e mediando no diálogo que muitas vezes não é possível mais existir naquele momento.