Crises no relacionamento conjugal são de fato desgastantes. Muitos casais se esquecem de “olhar” para o casamento, entram em uma rotina, perdem o respeito, a empatia, ao mesmo tempo que se frustram por não terem suas expectativas supridas. Ao viverem na espera do príncipe encantado e da princesa dos sonhos que lhe foram vendidos, se frustram, e, é nesse momento que nasce a crise no relacionamento.
A terapia de casais tem sido muito eficaz, diante de tamanha dificuldade, proporcionando vários benefícios para o casal, até mesmo a construção de um novo caminho para a superação dos impasses existentes. Porém, o processo pode levar um tempo considerável e, portanto, engajamento das duas partes é primordial.
Motivos de crises no casamento
Muitas são as causas da crise no casamento e nos relacionamentos afetivos entre casais de uma forma geral, mas em especial elas se originam da falta de maturidade do casal.
É preciso considerar que diariamente vamos encontrar problemas e desafios na vida, e na vida a dois não será diferente. A maneira como lidaremos com esses desafios, determinará o nosso sucesso ou fracasso.
A vida acelerada com suas excessivas preocupações, tem trazido cansaço e stress aos parceiros, gerando decepções e angústias individuais que são transferidas ao relacionamento. Por isso, entender a personalidade do companheiro e a sua própria, omodo de agir de cada um nas diversas situações é fundamental para vencer a crise.
Além desses que falamos, podemos citar outros motivos de crise nos relacionamentos conjugais como: traição, violência verbal, dificuldades financeiras, falta de valorização, falta de intimidade e sexo, interferência familiar, etc. Refletiremos sobre algumas delas.
É um dos principais motivos de crise. O ato por si só, já traz sentimento de insegurança, frustração e um grande aumento de estresse por conta das discussões que se iniciam, tornando o ambiente hostil.
Por outro lado, a infidelidade conjugal, não é um fato isolado, mas muitas questões podem ser desencadeadoras dessa ação, ou seja, um conjunto de “motivações”, como: busca por autoafirmação, pressão social, busca de novas experiências sexuais, baixa autoestima, ciúmes, traumas da infância, vingança, tédio, ciúmes, entre outros. Do ponto de vista psicológico ocorrem muitos processos psíquicos.
Essa reclamação é constante entre os casais. Na verdade, todos queremos ser valorizados, reconhecidos e estimados, e quando isso não ocorre pode trazer sentimentos nocivos e prejuízos sem igual. Os gritos começam a acontecer, o ambiente se torna muito pesado para se conviver.
O diálogo é fundamental para resolver essa questão e muitos casais não conseguem estabelecer um diálogo com qualidade, e, por conta disso a crise se instala.
Maslow, psicólogo humanista disse que todos temos necessidades humanas básicas e que quando as pessoas parecem ser algo diferente do que é bom e decente, é apenas porque estão reagindo ao estresse, dor ou privação dessas necessidades. Mas nem todos sabem disso!
Está entre os atos mais destrutivos, uma vez que a agressão verbal, dependendo do grau de intimidação e manipulação pode ser considerada como abusiva pois faz grande estrago às emoções. Nesse quesito, podemos ver ataques verbais contínuos e depreciativos, podendo até revelar por parte do agressor um forte senso de superioridade e intimidação ao outro com gritos e ameaças.
Para lidar com a crise causada pela violência verbal, é necessário abrir espaço para um diálogo, onde as duas partes possam se ouvir. Interessante, que da mesma forma que iniciamos o casamento com palavras, podemos também destruí-lo com elas.
Nesse aspecto, geralmente as principais vítimas são as mulheres, que, com um perfil de total dependência do marido, na esperança de que ele mude, acabam sofrendo tortura não só física, mas psicológica também. Infelizmente muitas mulheres silenciam por medo, correndo riscos até de morte dentro do relacionamento.
De fato, esse motivo de crise no casamento, requer, além da busca psicológica, denúncia aos órgãos competentes, pois não se trata somente de uma “crise”, mas de maus tratos ferindo os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana (Lei Maria da Penha).
Esse assunto é muito discutido entre os casais, que se queixam da intromissão dos pais no seu casamento, até mesmo em relação à criação dos filhos.
Essa questão atrapalha geralmente os casais que ainda não assumiram maturidade para viverem suas próprias vidas sem dependerem dos pais e parentes, não só fisicamente, mas emocionalmente também.
Às vezes um dos parceiros apresenta “o cordão umbilical” ligado ao núcleo familiar de origem, e, não consegue tomar decisões somente com o parceiro, sem a opinião da família de origem.
Com a terapia, o casal aprende a assumir a independência, fazendo escolhas e se responsabilizando por elas.