Importante iniciar este texto dizendo que todos nós somos ansiosos e que a ansiedade é saudável (quando não em excesso) ao ser humano. Em algum momento da vida nos sentimos nervosos e ansiosos, o que vai definir se é uma ansiedade patológica é o nível que estou sentindo e o que ela provoca em mim.

O Transtorno de Ansiedade vai muito além do frio na barriga e do nervosismo antes de uma prova ou entrevista de emprego. Ela afeta profundamente a vida social, profissional e pode desenvolver doenças físicas, fazendo com que o indivíduo não consiga mais realizar as suas atividades diárias como antes. Quem sofre desse transtorno pode sentir uma carga de adrenalina com mais facilidade e frequência, pode se tornar uma pessoa constantemente preocupada, tensa e sem foco nas atividades diárias.

O tratamento nem sempre será medicamentoso. A Análise pode ajudar o paciente a compreender essa ansiedade e a encontrar novos caminhos para lidar.

Antes mesmo da pandemia o trabalho já estava dentro das nossas casas, penso que a internet trouxe isso. Aonde estávamos já era possível responder e-mails e mensagens da empresa, e sendo assim podemos até dizer que faz tempo que não temos conseguido colocar limites nessa relação.

Com a pandemia tudo isso ficou mais visível e mais difícil de se controlar. Agora é possível enxergar com mais clareza que o trabalho entrou em casa e que estamos com dificuldades em dividir o pessoal do profissional. Até nos nossos sonhos ele parece estar, não temos mais espaço para fugir dele.

Ficamos com as nossas mentes ligadas o tempo todo para produzir, para entregar e para se fazer presente. Não somos mais espontâneos e criativos. Agora somos submissos e extremamente adaptáveis. E tudo isso tem trazido efeitos negativos a nossa saúde, tanto física como mental.

Algumas pessoas ainda conseguem perceber a tempo de não se tornar algo mais grave, conseguem perceber enquanto o que está sendo atingido é o trabalho e não a própria vida. Porém, os casos graves têm aumentado de forma significante nos últimos tempos, níveis elevados de estresse, ansiedade generalizada, síndrome de Burnout e a depressão são as doenças mais diagnosticadas na pandemia. E como podemos nos cuidar diante de tudo isso?

O primeiro passo é se perceber, reconhecer que tem algo que não está natural, que está fazendo com que aconteça modificações na rotina como: alterações no sono, no humor e no apetite, pensamento acelerado em todo o tempo sem conseguir descansar, alta ansiedade quando chega o momento de iniciar o trabalho, entre outras.

A nossa saúde mental sempre precisou de cuidados, mas não tanto como do último ano pra cá. Por isso, se você tem percebido que algo está errado procure ajuda profissional. Não pense que é algo passageiro e que você consegue dar conta sozinho. Entre em contato conosco e agende uma consulta com um de nossos profissionais.

Diante das circunstâncias que temos vivido é comum que a nossa saúde mental sofra as consequências. Com este cenário mundial instável é difícil alguém que não tenha apresentado em algum momento algum sintoma de ansiedade. Afinal são muitas perguntas sem respostas sobre o vírus, a economia, escola e a saúde.

É importante dizermos que todo ser humano fica ansioso, o que vai dizer se isso é patológico ou não é o nível de ansiedade que essa pessoa está sentindo. Perguntas como: Isso tem atrapalhado a minha rotina? Podem ajudar a descobrir se é o momento de buscar ajuda profissional.

Outras coisas que podem ajudar a diminuir a ansiedade nessa pandemia são:

1.Filtras as informações: Hoje em dia temos informações 24hs sobre a pandemia e tudo o que a envolve. Precisamos nos manter informados, porém não existe a necessidade em ficar com a TV/Internet no noticiário o dia todo. Por isso escolha um momento para fazer isso.

2.Mantenha a rotina: Mesmo com tantas mudanças o mínimo de rotina é importante para não nos deixar ansiosos. Precisamos mostrar uma organização para a nossa mente.

3.Tenha um convívio virtual: Como no momento não podemos nos juntar fisicamente, o falar com as pessoas virtualmente torna-se importante. Tente manter as relações mesmo que a distância.

4.Tenha um tempo pra você: Tire um tempo para fazer o que gosta (exercícios, ler um livro, escutar música) nem que seja dentro do quarto, tenha esse momento.

5.Terapia: Procure a ajuda de um profissional para te ajudar a compreender e lidar com a ansiedade, medos e angustias que este momento tem trazido.

Limites são fundamentais nas relações humanas, pois as tornam mais saudáveis e maduras.

Um exemplo muito simples de problemas com limites pode ser visto quando pessoas, ao se relacionarem, na maioria das vezes não são verdadeiras consigo e nem com o outro.

Há aqueles que dizem sim pra tudo. Talvez nem saibam, mas o medo da rejeição e do abandono os deixam presos ao outro, perdendo totalmente a identidade. Preferem sustentar uma angústia interna para não desagradar o outro, e, em contrapartida acumulam sobre si uma vida de comportamentos contrários ao que se deseja.

Por outro lado, existem aqueles que não respeitam a opinião do outro, são controladores em excesso, ultrapassam os seus próprios limites e invadem o limite do outro.

É claro que a reciprocidade é muito importante nos relacionamentos, mas é preciso estabelecer limites entre si e o outro. A vida só faz sentido quando sabemos quem somos e o que gostamos.

Na verdade, o dizer não, NÃO significa ser ruim, mas saber o que se quer, o que se gosta.
Por isso, o seu sim (fora), tem que ser sim (dentro), caso contrário você poderá desenvolver grandes angústias internas e trazer sobre si muito sofrimento.
É necessário estabelecer o equilíbrio.

Você tem dificuldade em colocar limites?

Faça Psicanálise e se ajude!

Por que não refletirmos um pouco sobre o papel do pai, em um tempo onde a família vive num mundo de tensões e divisões?

Tanto falamos sobre a maternidade que até nos esquecemos de atribuir um olhar à função da paternidade nos dias atuais.

O movimento do pai na contemporâneidade já é visto de maneira muito mais participativa do que anos atrás.

Para a psicanálise essa nova postura é muito bem vinda, uma vez que proporciona à criança um amadurecimento dentro de uma família, composta por pessoas reais que lhe dispensam cuidados reais.

A participação efetiva do pai na vida da criança, a qualidade de sua presença e suas ações possibilita a vivência de experiências efetivas muito importantes para o desenvolvimento de sua personalidade.

Crises no relacionamento conjugal são de fato desgastantes. Muitos casais se esquecem de “olhar” para o casamento, entram em uma rotina, perdem o respeito, a empatia, ao mesmo tempo que se frustram por não terem suas expectativas supridas. Ao viverem na espera do príncipe encantado e da princesa dos sonhos que lhe foram vendidos, se frustram, e, é nesse momento que nasce a crise no relacionamento.

A terapia de casais tem sido muito eficaz, diante de tamanha dificuldade, proporcionando vários benefícios para o casal, até mesmo a construção de um novo caminho para a superação dos impasses existentes. Porém, o processo pode levar um tempo considerável e, portanto, engajamento das duas partes é primordial.

Motivos de crises no casamento

Muitas são as causas da crise no casamento e nos relacionamentos afetivos entre casais de uma forma geral, mas em especial elas se originam da falta de maturidade do casal.

É preciso considerar que diariamente vamos encontrar problemas e desafios na vida, e na vida a dois não será diferente. A maneira como lidaremos com esses desafios, determinará o nosso sucesso ou fracasso.

A vida acelerada com suas excessivas preocupações, tem trazido cansaço e stress aos parceiros, gerando decepções e angústias individuais que são transferidas ao relacionamento. Por isso, entender a personalidade do companheiro e a sua própria, omodo de agir de cada um nas diversas situações é fundamental para vencer a crise.

Além desses que falamos, podemos citar outros motivos de crise nos relacionamentos conjugais como: traição, violência verbal, dificuldades financeiras, falta de valorização, falta de intimidade e sexo, interferência familiar, etc.  Refletiremos sobre algumas delas.

  • Traição

É um dos principais motivos de crise. O ato por si só, já traz sentimento de insegurança, frustração e um grande aumento de estresse por conta das discussões que se iniciam, tornando o ambiente hostil.

Por outro lado, a infidelidade conjugal, não é um fato isolado, mas muitas questões podem ser desencadeadoras dessa ação, ou seja, um conjunto de “motivações”, como: busca por autoafirmação, pressão social, busca de novas experiências sexuais, baixa autoestima, ciúmes, traumas da infância, vingança, tédio, ciúmes, entre outros.  Do ponto de vista psicológico ocorrem muitos processos psíquicos.

  • Falta de valorização

Essa reclamação é constante entre os casais. Na verdade, todos queremos ser valorizados, reconhecidos e estimados, e quando isso não ocorre pode trazer sentimentos nocivos e prejuízos sem igual. Os gritos começam a acontecer, o ambiente se torna muito pesado para se conviver.

O diálogo é fundamental para resolver essa questão e muitos casais não conseguem estabelecer um diálogo com qualidade, e, por conta disso a crise se instala.

Maslow, psicólogo humanista disse que todos temos necessidades humanas básicas e que quando as pessoas parecem ser algo diferente do que é bom e decente, é apenas porque estão reagindo ao estresse, dor ou privação dessas necessidades. Mas nem todos sabem disso!

  • Violência Verbal

Está entre os atos mais destrutivos, uma vez que a agressão verbal, dependendo do grau de intimidação e manipulação pode ser considerada como abusiva pois faz grande estrago às emoções. Nesse quesito, podemos ver ataques verbais contínuos e depreciativos, podendo até revelar por parte do agressor um forte senso de superioridade e intimidação ao outro com gritos e ameaças.

Para lidar com a crise causada pela violência verbal, é necessário abrir espaço para um diálogo, onde as duas partes possam se ouvir. Interessante, que da mesma forma que iniciamos o casamento com palavras, podemos também destruí-lo com elas.

  • Agressões Físicas

Nesse aspecto, geralmente as principais vítimas são as mulheres, que, com um perfil de total dependência do marido, na esperança de que ele mude, acabam sofrendo tortura não só física, mas psicológica também. Infelizmente muitas mulheres silenciam por medo, correndo riscos até de morte dentro do relacionamento.

De fato, esse motivo de crise no casamento, requer, além da busca psicológica, denúncia aos órgãos competentes, pois não se trata somente de uma “crise”, mas de maus tratos ferindo os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana (Lei Maria da Penha).

  • Interferência Familiar

Esse assunto é muito discutido entre os casais, que se queixam da intromissão dos pais no seu casamento, até mesmo em relação à criação dos filhos.

Essa questão atrapalha geralmente os casais que ainda não assumiram maturidade para viverem suas próprias vidas sem dependerem dos pais e parentes, não só fisicamente, mas emocionalmente também.

Às vezes um dos parceiros apresenta “o cordão umbilical” ligado ao núcleo familiar de origem, e, não consegue tomar decisões somente com o parceiro, sem a opinião da família de origem.

Com a terapia, o casal aprende a assumir a independência, fazendo escolhas e se responsabilizando por elas.