Fobias são um tipo de Transtorno de Ansiedade.
Todos nós sentimos medo de alguma coisa em algum momento da nossa vida. O medo é considerado uma emoção primária, adaptada frente a situações de ameaça ou perigo, ou seja, frente a um fato real. Porém, a pessoa que é diagnosticada com fobia tem um sentimento angustiante e intenso, que causa medo, terror ou até mesmo pânico diante de um perigo que não é real. Estes sintomas são persistentes e irracionais. No início, o medo do objeto ou da situação faz com que o sujeito altere algumas coisas em sua rotina, porém o medo de perder o controle e o domínio faz com que ele altere completamente o seu comportamento e comece a evitá-lo, trazendo sofrimento significativo e interferindo na vida pessoal, profissional ou nos estudos.

Abaixo listamos algumas das fobias mais comuns.

• Acrofobia: medo das alturas;
• Aerofobia: medo de voar;
• Aracnofobia: medo de aranhas;
• Astrofobia: medo de trovão e relâmpago;
• Autofobia: medo de ficar sozinho;
• Claustrofobia: medo de espaços confinados ou lotados;
• Hemofobia: medo do sangue;
• Hidrofobia: medo da água;
• Ofidiofobia: medo de cobras;
• Zoofobia: medo de animais;
• Tripofobia: medo de padrões geométricos;
• Amaxofobia: medo de dirigir.

E como tratar uma fobia?
As fobias são tratadas com uma combinação entre medicamento e psicoterapia. O objetivo de ambos os tratamentos é de que a qualidade de vida melhore e que não haja mais prejuízos por causa do medo excessivo.

O Transtorno Opositivo Desafiador, conhecido também como TOD pode ser caracterizado como uma condição na qual a criança adota um comportamento de teimosia frequente, com questionamento às regras, comportamentos desafiantes (como o nome mostra), principalmente diante das figuras de autoridade, além de hostilidade.

Muitos confundem esse Transtorno com uma simples “birra”, mas é importante sabermos que há diferenças entre uma criança com “birras” típicas da idade e aquelas com sinais e sintomas suspeitos de um comportamento opositor.

Segundo o DSM 5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais),

o TOD é mais predominante em famílias nas quais o cuidado da criança é perturbado por uma sucessão de cuidadores diferentes ou em famílias nas quais são comuns práticas agressivas, inconsistentes ou negligentes de criação dos filhos.

A taxa do transtorno pode variar de acordo com a idade e o gênero da criança. A incidência do transtorno é mais vista em crianças do sexo masculino do que do sexo feminino antes da adolescência.

Geralmente, os primeiros sintomas do TOD surgem durante os anos de pré-escola e, raramente, mais tarde, após o início da adolescência.

Crianças e adolescentes com TOD estão sob risco aumentado para uma série de problemas de adaptação na idade adulta, como, problemas de controle de impulsos, comportamento antissocial, ansiedade, depressão e até mesmo abuso de substâncias.

É preciso considerar a hipótese de TOD quando os sintomas causam prejuízos significativos na vida do sujeito, justamente porque os comportamentos presentes no transtorno restringem a vida social devido às manifestações constantes de raiva, teimosia, hostilidades e insubordinação.

Outro fato importante é que geralmente se vê juntamente com esse transtorno, outros dois: o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e o transtorno da conduta.

Após o diagnóstico, que deve ser feito pelo psiquiatra infantil, é possível traçar estratégias de tratamentos associados à Psicoterapia em prol de administrar melhor as crises, frustrações e reduzir, se necessário, as atividades diárias para melhor rendimento escolar, visto a criança pode ter atraso de desenvolvimento nessa área. Ainda, há a possibilidade do uso de medicamentos próprios para cada faixa etária.

Infelizmente o TOD foi associado a um risco aumentado para tentativas de suicídio, por isso é muito importante ficar atento aos seus sintomas.

Assim se você observar alguns comportamentos mais persistentes listados abaixo, procure ajuda, pois essa criança, adolescente ou adulto pode estar sofrendo por conta do Transtorno Opositivo Desafiador (TOD):

  • Ataques de fúria;
  • Predominância de agressividade;
  • Hostilidade com tudo e todos;
  • Discussões diárias com pais, colegas de sala e professores;
  • Pessimismo;
  • Comportamento vingativo, etc.

TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e que geralmente acompanha o sujeito por toda a vida. É caracterizado por sintomas de falta de atenção, inquietude e impulsividade.

Os sintomas podem ser para desatenção: Não perceber os detalhes ou cometer erros por descuido, dificuldade em manter a atenção em tarefas simples, demonstrar não estar ouvindo quando lhe dirigem a palavra, entre outros.

Os sintomas para hiperatividade podem ser: remexe ou batuca mãos e pés o tempo todo, se levanta enquanto deveria permanecer sentado, incapaz de se manter em uma atividade calmamente, não para, fala demais, entre outros.

O diagnóstico deve ser feito de forma rigorosa por um profissional para descartar outros transtornos. Caso seja comprovado o TDAH o tratamento pode ser realizado de forma medicamentosa e com psicoterapia.

O Transtorno Bipolar é marcado pelo revezamento entre episódios de depressão e de euforia (mania). É considerado um transtorno complexo e a sua principal característica é a sua alternância súbita de um estado de humor para o outro e até de períodos sem crises entre eles (dependendo qual tipo a pessoa se encontra).

As crises podem variar de intensidade, frequência e duração. Tanto na mania, como na depressão os sintomas trazem sérias mudanças no comportamento que podem comprometer o relacionamento familiar, afetivo e social. Em geral é mais comum afetar homens e mulheres entre 15 e 25 anos, porém pode atingir pessoas idosas e mais jovens também.

É necessário um diagnóstico bem criterioso para não ser confundido com outros transtornos. As causas ainda não são efetivas, mas já podem se comprovar que fatores genéticos e algumas áreas do cérebro e de níveis de neurotransmissores podem estar envolvidos, além disso, alguns eventos podem tornar-se gatilhos para pessoas geneticamente pré dispostas.

Como tratamento é necessário caminhar junto o uso de medicação, a psicoterapia e algumas mudanças no hábito, como a extinção no consumo de substâncias psicoativas.

O TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo, é um transtorno comum e permanente. Como o próprio nome já diz é caracterizado por comportamentos de obsessão e compulsão.

A pessoa com TOC pode ou não possuir as duas caraterísticas. Estes sintomas podem atrapalhar desde tarefas complexas até as tarefas mais simples do dia a dia e isso pode interferir no seu trabalho, estudos e relacionamentos.

O TOC já pode ser percebido logo na infância, porém é mais diagnosticado na fase adulta. Como tratamento pode ser utilizado medicamentoso e a psicoterapia. Porém, apenas com a psicoterapia os pacientes com TOC tem apresentado melhoras significativas.

A Síndrome do Pânico ou Transtorno de Pânico faz parte dos transtornos de ansiedade e acomete mais de 1% da população mundial, segundo a OMS.

Se caracteriza por episódios em que o indivíduo sente de forma inesperada medo e desespero. A sensação é de morte e falta de controle, já que os sintomas são taquicardia, falta de ar e sudorese.

A pessoa que vive um ataque de pânico sofre tanto quando está em crise, como nos intervalos, pois não sabe quando acontecerá um novo episódio, se daqui a alguns minutos, dias ou meses. A sensação é de que a qualquer momento possa acontecer a crise novamente, o que faz com que o paciente fique sempre em alerta, trazendo sérias complicações e chegando a casos extremos de agorafobia (temor de lugares com muitas pessoas ou lugares fechados em que não tenha pra onde sair se estiver em crise).

Muitos pacientes por falta de conhecimento chegam a ir ao pronto socorro achando que estão tendo um ataque cardíaco, pois os sintomas são os mesmos, e ao realizar exames percebem que fisicamente está tudo normal. Infelizmente alguns profissionais não conseguem dar o diagnóstico correto e a pessoa acaba não tendo o tratamento adequado.

O acompanhamento psiquiátrico e psicológico ajuda a lidar com esse momento. Se você percebeu que está com alguns dos sintomas acima busque ajuda profissional.