A psicanálise concentra-se na exploração dos desejos inconscientes das pessoas, muitos dos quais estão vinculados a aspectos emocionais e psicológicos profundos. O consumismo, por sua vez, frequentemente baseia-se na satisfação desses desejos, especialmente aqueles relacionados à busca de gratificação imediata, conforto emocional e autoestima por meio da aquisição de bens e serviços.

A publicidade pode desempenhar um papel fundamental no consumismo, ao criar desejos e aspirações nas pessoas. “O que determinada marca faz você sentir ao usá-la?” é uma das principais questões que ela levanta. Além disso, o consumismo pode ser uma tentativa de preencher um vazio emocional com compras excessivas.

Não importa o que, como e quanto estamos comprando, e sim o motivo pelo qual sentimos a necessidade de TER e não mais SER. Precisamos receber gratificações o tempo todo para não sentir a frustração da castração? Porque, sem consumir, sentimos que não pertencemos a essa sociedade? Novembro chegou e, com ele, mensagens constantes para consumirmos algo, mas o que, de fato, precisamos consumir?

Além disso, é importante considerar como o consumismo muitas vezes promove uma cultura de comparação e competição, levando as pessoas a medirem seu valor com base em suas posses materiais e no status social que elas aparentam ter. Isso pode resultar em uma pressão constante para atender às expectativas da sociedade, levando a um ciclo insustentável de gastos e aquisições desenfreadas para manter uma imagem específica. Esta constante busca por validação externa pode contribuir para a fragilidade da autoestima e da identidade pessoal, levando a um sentimento de insatisfação crônica mesmo diante de conquistas materiais.

Nesse contexto, a psicanálise pode oferecer uma visão mais profunda sobre as motivações por trás desses comportamentos, incentivando a reflexão sobre as reais necessidades emocionais e psicológicas que estão sendo suprimidas ou ignoradas pelo impulso consumista. A consciência desses padrões pode abrir caminho para um processo de autodescoberta e transformação pessoal, que valoriza a busca por satisfação e realização internas em detrimento da busca incessante por gratificação externa.

Como já falamos por aqui, a psicanálise trabalha com a existência do inconsciente, ou seja, existem partes de nós mesmos em que ainda não conhecemos e que influencia em nossas ações, escolhas e possibilidades de movimentação.

Sendo assim, podemos dizer que, parte de nossas escolhas e sentimentos não dependem daquilo que reconhecemos como Eu, são estruturas que carregamos que não temos controle algum. Considerar a existência dessas estruturas, aprender a ouvi-las e combinar com aquilo que reconheço como Eu é parte do processo que ocorre na análise.

Quando não reconhecemos que somos algo além desse Eu ele terá que se manifestar de outras formas não linguísticas, e será aquilo que chamamos de SINTOMA. ´´Eu não queria chegar atrasado no trabalho“ O “não queria“ chamamos de manifestação do inconsciente, que acaba se manifestando através desses gestos ´´falhos“. Porém, se eu estiver atenta apenas ao meu consciente não conseguirei perceber o que significa sempre chegar atrasado no trabalho.

O inconsciente não é um problema, porém ignorá-lo nos coloca em uma posição de mal estar, por estar sempre tentando fazer algo sem conseguir. Ficamos estacionados no discurso consciente sem perceber a outra parte que também diz muito sobre nós, e não enxergar nada além de o discurso sobre si mesmo é muito perigoso.

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Podemos dizer que o grande diferencial da psicanálise é considerar o inconsciente como existente e como agente da estrutura do Eu. Aqui o desejável é entrar em contato com aquilo que você é independente daquilo que você se tornou a partir da sua configuração histórica ou com ela. É entrar em contato com aquilo que você é para além daquilo que você fez para se adequar as suas necessidades de ser amado e de sobreviver a este mundo que nem sempre é tão gentil. A psicanálise não está preocupada no diagnóstico, mas na real razão para o surgimento do sintoma e na cura dele através da fala.
Já o psicólogo pode escolher outras abordagens para trabalhar sem ser necessariamente a psicanálise, mas pode também atender no consultório com orientação psicanalítica ou se especializar em psicanálise. Caso o profissional opte por outras abordagens, essas excluem o inconsciente e trabalham de forma pré-determinada. A psicologia está envolvida com trabalhos externos como a linha organizacional e marketing, estudando a reação e interesse das pessoas por tipos e marcas. Durante as sessões a fala, o comportamento e gestos para auxiliar em um diagnóstico e traçar um tratamento.

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Transtorno de Personalidade Borderline

Pertence a uma classe de Transtornos Mentais em que os padrões de comportamento da pessoa são tão desviantes dos traços de normalidade que trazem prejuízo tanto para ela como para as pessoas do seu convívio.

Os padrões de comportamento de uma pessoa Boderline são: instabilidade nas relações interpessoais; instabilidade na autoimagem; instabilidade emotiva; autodestrutividade.
Dentro da psicanálise a condição é descrita como estando na fronteira entre a psicose e a neurose.

Uma pessoa diagnosticada com Boderline deve iniciar o tratamento medicamentoso em conjunto com a análise. Os dois trarão uma qualidade de vida ao paciente e ajudará a lidar com os enfrentamentos diárias da doença.

Como você pode ver o psicanalista não atua sozinho em alguns atendimentos. Ele trabalhará em conjunto com outros profissionais que também serão importantes dependendo do caso.

Em nosso curso além da teoria trazemos também a prática para que o aluno entenda a atuação do profissional antes de migrar para a área. Fale conosco e venha nos conhecer.

Mas afinal de contas, é ruim criar expectativas?

Vivemos explicando para os nossos pacientes e amigos que algo aconteceu porque criamos expectativas, se não as tivesse criado nada disso teria acontecido. Mas será que é tão ruim assim cria-las?

O significado de expectativa segundo o dicionário é: ´´situação de quem espera a ocorrência de algo, ou sua probabilidade de ocorrência, em determinado momento“
Então, a expectativa não é de toda ruim. Claro! Corremos o risco de nos frustrar, mas caso isso aconteça podemos pagar o preço, afinal a castração precisa ser enfrentada e não evitada, pois só assim conseguiremos evoluir.

Sem expectativas não vivemos, afinal é necessário fantasiar para desejar.
O medo nos faz perder muito mais, é por medo de sofrer que mais sofremos e permanecemos no mesmo lugar.
Por isso, crie sim expectativas. Deseje. Espere. Tudo dentro do equilibro faz com que sejamos pessoas melhores e alcancemos lugares no quais não imaginávamos alcançar.
O analista pode ser o intermediador deste processo.

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Muitas escolhas que fazemos estão pautadas no amor. Naquilo que queremos, no que sentimos, no que faz nosso coração pulsar. Em caminhos que nos sentimos expandir internamente, naquilo que brilha aos nossos olhos e que nos faz sentir vivos.

Mas podemos também escolher pelo medo: pelos caminhos que nos parecem menos arriscados. Por aquilo que está mais acessível, mais fácil. Por aquilo que já conhecemos. Não necessariamente onde nos sentimos mais conectados, mas onde nos sentimos mais seguros e confortáveis.

Escolhas pelo medo parecem nos proteger. Mas no fundo, podem funcionar como grandes prisões. Nos manter em um relacionamento fracassado, porque não acreditamos que podemos ser felizes sozinhos ou em outras relações. Nos manter em um emprego que nos adoece, porque não acreditamos que exista outras possibilidades. Fazer tudo do mesmo jeito mesmo que isso nos deixe infelizes, porque não percebemos que podemos fazer novas escolhas.

O tempo todo estamos decidindo sobre algo. Mas a partir de que você realiza essas escolhas?
O medo nos protege, mas ele também nos paralisa e nos impossibilita. O amor nos ajuda a buscar aquilo que desejamos, mas tem os seus riscos.

Quando eu tenho a possibilidade de me conhecer melhor, saber o que está atrás dos meus medos e inseguranças, eu consigo assumir as minhas escolhas e ir em busca daquilo que me faz feliz. Isso não significa que durante o processo não exista o medo, ou a dor. Mas que não será o medo a dirigir as escolhas tomadas.

Você já parou para pensar sobre isso? Já parou para refletir se suas escolhas estão pautadas no amor ou no medo? Já parou para ouvir para onde você deseja seguir?

A análise é uma das formas de conhecermos melhor os nossos medos. E se você já está nesse caminho de querer fazer as suas escolhas através do ´´amor“ queremos te convidar a conhecer o nosso curso de formação em Psicanálise. Já estamos com mais uma turma sendo criada e convidamos você para essa oportunidade.