Descansar pra quê❓

´´No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. “ (Gn 2:2). Se Deus sendo Deus descansou, por que nós relutamos para desfrutar do maravilhoso descanso?

Cada vez mais temos visto pessoas com a necessidade de trabalhar sem limites, a ponto de prejudicar a própria saúde física e mental. Cobranças e anseios pela produtividade são presentes, trazendo preocupações e elevando níveis de ansiedade e estresse.

Parece que o estar em casa tem trazido uma falsa ideia de que desaceleramos, mas, na verdade estamos sempre buscando atividade a todo momento que nos façam sentir uteis e produtivos.

Cada vez nos preocupamos com o ´´fazer“ e menos com o ´´ser“.
Sabemos FAZER, mas não sabemos SER.
Fazemos o tempo todo para não precisarmos ser. Será que, se pararmos um pouco saberemos lidar com nossos conteúdos??
É como que se precisássemos produzir o tempo todo para existir…

Já se sentiu assim❓

Já parou pra pensar que o não ter contato consigo mesmo o faz procurar fora algo que preencha o seu vazio, o seu incômodo? A sociedade nos ensina que parar não é saudável. Parar é perder tempo, ficar pra trás. Mas parar é cuidar de si!!Parar é amadurecimento, porque é neste desconforto que eu sinto quando eu paro, que eu consigo me descobrir e me conectar com quem eu verdadeiramente sou.

É no silêncio, no descanso, no não fazer, que consigo ser.

Pare…e pense nisso!!🤔

Busque análise!! Ela te ajudará a parar é olhar pra si 😉.

A fantasia de sempre nos amar
Não existe amor que resista o tempo todo por alguém. E porque seria assim por nós mesmos?
A neurose nos faz pensar dessa forma, achando que podemos viver sem mal-estar algum, mas seria mesmo possível viver nessa completude?

Nos dias atuais o que mais vemos são mensagens de aceitação, amor próprio, positividade (e entendam não há mal algum nisso), e isso nos traz a ideia de que devemos ser sempre assim, que precisamos nos sentir sempre assim se não, não estaremos sendo saudáveis, não estaremos nos amando. Porém, não é este o conceito de saúde que a psicanálise nos traz.

O não estar bem consigo mesmo também faz parte da nossa humanidade. Em alguns momentos se faz necessário ficar recluso em pensamentos e reflexões individuais. Pensar que existe alguém que está completamente satisfeito o tempo todo consigo mesmo e que não tem mal-estar algum ou angústia alguma é uma fantasia.

Não se trata então, nem de adotarmos todos os rituais para estarmos bem e satisfeitos o tempo todo disfarçados de ´´autoamor“ e também não se trata de não se cuidar e aceitar tudo como é e como está, se trata se podermos encontrar o equilíbrio, o nosso próprio caminho, aquilo que nos traz ´´paz“ e leveza!!

Afinal, não existe ninguém que amamos o tempo todo, então por que precisamos nos cobrar para ter esse amor próprio o tempo todo não é mesmo?

“Se desejarem saber mais a respeito da feminilidade, indaguem da própria experiência de vida dos senhores, ou consultem os poetas, ou aguardem até que a ciência possa dar-lhes informações mais profundas e mais coerentes”
Freud, 1932

➡️Freud se dispôs a escutar o silencio de sua época e foram as mulheres quem fizeram com que ele percebesse o que havia por trás dos sintomas em seus corpos. Sintomas desconhecidos ao universo masculino, que utilizava dos saberes que dispunham para tentar curá-las, sem sucesso algum. A escuta de Freud para o que elas tinham a falar gerou uma abertura ao mundo científico e, com isso, o início da ciência que hoje conhecemos como psicanálise.

As mulheres ensinaram Freud que o sofrimento que elas traziam não se tratava de algo a ser tratado com prescrições médicas, mas através de suas palavras. As palavras que encontravam para começar a contar suas dores moviam outras, e outras, e assim memórias infantis, sensações corporais, até perceberem que sabiam sobre si aquilo que nem pensavam saber.

A partir daí a linguagem se destacou na escuta freudiana e ele concluiu que o que havia descoberto era insuficiente sobre o saber feminino e pediu que se quiséssemos saber mais sobre este “feminino” que deveríamos consultar a experiência, aguardar a ciência avançar mais ou consultar os poetas.

Portanto quando falamos de feminino, no modo psicanalítico, podemos dizer que as palavras nos faltam. E se pensarmos a sua história, o feminino marca o dizer com o silêncio e os corpos com um mistério.

E pensando no feminino como sociedade também temos a impressão de que palavras nos faltam, já que somos cada uma com seu jeito de ser e agir. Somos únicas. Apesar de desejarmos a mesma coisa: sermos respeitadas por aquilo que somos.🌷

🙂Nós da Psique desejamos a você mulher dias melhores com dignidade, respeito, autenticidade e liberdade para ser a mulher que você deseja ser.💗

De acordo com a OMS a Depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo a principal causa de incapacidade laboral no planeta. No Brasil temos mais de 11 milhões de pessoas que sofrem de depressão, sendo o maior índice na América Latina e o segundo maior nas Américas, ficando atrás apenas dos EUA.
Muito ouvimos falar a respeito sobre os cuidados com a saúde mental, porém ainda não é o suficiente para vencer o preconceito e o estigma que se tem sobre ela.

▪️A Depressão é uma doença que em casos graves pode levar ao suicídio, segunda maior causa de morte nos jovens entre 15 e 29 anos, e ainda assim falar sobre os sintomas da doença ainda é muito difícil para grande parte da população. Isso porque muitas vezes ao pedir ajuda a pessoa ouve que ´´é frescura“ ´´é só ter fé“ ´´todo mundo fica triste“ ´´não tem motivos para se sentir assim“. Mas a depressão não é uma simples tristeza, não é algo passageiro que vai embora quando situações cotidianas melhoram. E precisamos URGENTEMENTE aprender sobre isso.

Enquanto a tristeza dura algumas horas ou dias, a depressão (sem o tratamento adequado) pode durar meses e até anos. A depressão afeta vários aspectos da vida; o trabalho, as relações, a família e a vida social. A tristeza tem causas específicas. Já no caso da depressão pode ocorrer por falta de alguma substância no cérebro, herança genética, aspectos da personalidade (baixa autoestima ou pessimismo) e fatores ambientais (exposição a violência ou negligência).

Abaixo listamos alguns sintomas da depressão, sempre alertando que é importante buscar orientação profissional caso você perceba que se encaixa em alguns deles:

▪️Não ter interesse ou prazer e atividades que antes eram divertidas;
▪️ Perder ou ganhar peso rapidamente sem ter feito alterações na alimentação;
▪️ Ter problemas com o sono;
▪️Ter explosões de raiva (mesmo por motivos bobos);
▪️Estar sempre cansado, com pouca energia;
▪️Sentir dificuldade para se concentrar ou para tomar decisões;
▪️Ter sentimento de culpa ou inutilidade.

A pessoa que se sente assim deve procurar ajuda específica dos profissionais que cuidam das doenças mentais (psiquiatras e/ou psicólogos). O neuro, o endócrino e o clínico não são indicados para fazer o diagnóstico e iniciar um tratamento. Precisamos respeitar as especialidades e quebrar os preconceitos.
Outra coisa importante é, iniciar apenas o tratamento medicamentoso não ajuda 100% na recuperação. O ideal é o paciente realizar o tratamento com o psiquiatra e o psicólogo, para ajudar na parte orgânica e psicológica.
Na psicanálise estudamos desde quando Freud começou a nos trazer relatos de uma sociedade deprimida e conseguimos compreender como isso afeta psiquicamente a vida do indivíduo.

O objeto transicional é um termo usado na psicanálise winnicottiana e é um conceito de grande importância para a clínica infantil.

Para entendermos melhor esse conceito é relevante dizer que o primeiro objeto de amor para o bebê é a mãe.
Assim, objeto transicional, como o próprio nome diz, é aquele que a criança utiliza no “lugar” dessa mãe para suportar a sua ausência, inclusive porque nos primeiros meses de vida a criança não tem consciência de que ele e a mãe são seres diferentes. O objeto que a criança se apegará será um mediador entre ela e a mãe.

Por isso que para Winnicott, o objeto transicional ocupa no psiquismo da criança um lugar que traz conforto, como se fosse um cobertor de segurança, uma vez que promove conforto psicológico, geralmente em momentos difíceis, angustiantes, ou até mesmo na hora de dormir.

Esses objetos entre as crianças pequenas, geralmente assumem a forma de um bichinho de pelúcia, um paninho, e são muitas vezes chamados por um nome específico dado pela criança.

Aqui vamos falar de um narcisismo que vai por um caminho de um transtorno.

A pessoa que tem este transtorno de personalidade narcísica tem uma percepção grandiosa de si mesma, pensa que é merecedora de tudo e nunca acha que as pessoas ao seu redor estão à sua altura.

Geralmente são pessoas cujo desenvolvimento emocional foi pouco favorecido pelos seus cuidadores. Na verdade, ela se considera superior como uma defesa, para não entrar em contato com suas fragilidades. Por trás de toda essa postura de “grandiosidade”, há alguém frágil, carente, com baixa autoestima e desamparada.

Quando falamos da maternidade, esse transtorno pode trazer grandes comprometimentos aos filhos. A mãe narcisista sempre se achará a certa. A filha (quase nunca o filho) nunca consegue satisfazê-la, agradá-la ou até mesmo receber um reconhecimento afetuoso.

É uma pessoa extremamente tóxica e causa sérios transtornos ao desenvolvimento psicoafetivo dos filhos.

Os cuidados para uma pessoa com esse transtorno é muito difícil visto que para ela o outro sempre estará errado. Neste caso as pessoas que se relacionam com ela devem procurar ajuda para conseguirem sair dessa relação tóxica.